... Dia Mundial da Poupança e, conseuquentemente, não tivesse eu decidido poupá-los imaginem lá o que poderia escrever sobre esta notícia do Correio da Manhã de hoje:





... pelo que estou inclinado a poupá-los.

Hoje há-de ser...

... noite de Halloween.

Ou, como se diz em português, noite de Ferreira Leite.

...que faz da solidariedade um monumento nacional.

Lembram-se de quando ainda não havia crise - há coisa de meia dúzia de dias -?

Os bancos eram assaltados de manhã à noite. Os carros dos ricos eram jackados a torto e a direito. As bombas de gasolina eram uma espécie de euromilhões dos pequeninos.

Depois veio a crise. Tipo... a semana passada.

Os bancos ficaram pobrezinhos. Os ricos perderam muito dinheiro na bolsa. As gasolineiras conheceram a penúria.

Em consequência, os ladrões deixaram de roubar (pelo menos se o número de notícias sobre o assunto for aceite como indicador fiável).



Eu gosto deste país assim.

Da vida real...

Como saber se o orçamento de uma empreitada de construção civil foi esmagado até ao tutano?



Vejam se encontram na obra um trolha (sim, Mafalda, eu também falo O dialecto) cujo historial clínico inclua AVC ou, eventualmente, paralisia cerebral a chapar massa em cima de uma prancha cuja largura é metade do comprimento do seu pé.

... em reuniões que tenham interlocutores com gravatas cor-de-rosa. Pior ainda se por cima da gravata estiver um pullover também cor-de-rosa mas de tonalidade diferente.








Mental note to self: não aceitar nunca trabalhar com Governo.

... e não perguntem porquê, lembrei-me de um serviço telefónico que existia quando eu era pequeno e que, sim, era verdadeiro serviço público..

Ligava-se um número, não me lembro qual, e do outro lado da linha uma senhora dizia, num conveniente tom nasalado:

"Ao segundo sinal serão: dezasseis horas, cinquenta minutos e zero segundos. Piiiiii. Piiiiii."


... quando as notícias tem títulos como "Caparica cheia de areia".

11 anos de gente




Verdadeiramente...


...preso por um fio.

Passar a manhã a espreguiçar na cama, ir olhando para o telemóvel e descontar uma hora à que lá estava - ainda não o tinha acertado pela hora de Inverno.

Até que me telefonam a querer combinar almoço e me perguntam quanto tempo demoro até estar pronto. Espera lá! São 11.30! (o relógio dizia 12.30) temos mais que tempo.

Dizem-me, então, que não. Que são mesmo 12.30 e que o telemóvel é que tratou de tudo sozinho.

Ai é? Ai é? Então e que tal continuar com o servicinho? Tirar-me um café, preparar-me a banhoca, vestir-me e levar-me a almoçar? Não?


E assim se começa o Inverno atrasado. Não há-de ser nada.

Eis-me, pois...

... humildemente prostrado -de novo - aos vossos pés, ardentemente desejando que seja tudo gente asseada.

E se assim não for, olhem, não há-de ser nada. Que isto é como tudo.

Mensagens mais recentes Página inicial

Blogger Template by Blogcrowds