Direito à indignação

Segundo o que acabo de ouvir e ler, a partir de 2009 deixo de poder deduzir ao rendimento colectável a totalidade da pensão de alimentos que pago aos meus filhos, passando a deduzir apenas 20%.

A medida resulta de uma proposta do Partido Socialista.

Em resultado do meu divórcio a minha ex-mulher prescindiu de pensão de alimentos, pelo que a pensão que pago, e que deduzo integralmente ao rendimento colectável, respeita aos meus filhos.

Parecendo muito, corresponde sensivelmente à mensalidade do colégio.

Correm, assim, por conta da Mãe as despesas com vestuário, alimentação e material escolar.

Eu tenho podido deduzir integralmente a pensão de alimentos mas, como me parece óbvio, não posso deduzir mais nenhuma despesa que respeite aos miúdos. Essas são deduzidas pela Mãe no respectivo IRS.

Eu não me divorciei por questões fiscais. Haverá alguma razão lógica para eu passar a deduzir ao rendimento colectável apenas 20% da pensão de alimentos que pago? É que, com toda a franqueza, eu não estou a ver... A não ser que se considere que toda a gente neste país se divorciou por "economia fiscal".

Isto, com toda a franqueza, irrita-me. Indispõe-me.

Ainda por cima, não é a única coisa a indispor-me...

13 Comments:

  1. Unknown said...
    E se já era tão fácil fazer com que os gaijos pagassem a tempo e horas***, agora é que vai ser bom!

    *** Isto é, obviamente, uma boca generalista. Mas sabes que os há.
    Mad said...
    O "Diogo" aí de cima sou eu. Mania de não fazer logout!
    Alf said...
    Hahaha!

    Agora não sei se te respondo a ti se ao Diogo...

    Vai haver isso, sim. Mas vai haver mais.

    Vai haver muito mais disputas pela guarda dos miúdos. Pelo pior dos motivos. É que passa a ser fiscalmente interessante...
    Ervi Mendel said...
    A Mad mudou de sexo?

    Alf, não te enerves, afinal de contas já estás nos "quartos" da champions e isso é priceless.
    Anónimo said...
    é o resultado da indignação da APFN... na verdade há outros pontos de vista. podemos fazer um "workshop" sobre o assunto!
    Anónimo said...
    Incompreensível! Pela calada, vão aprovando estas medidas... Isto revolta-me!!!
    Eyes wide open said...
    Hhhmmm... acho que a leitura que dali se faz não é bem essa, apesar de se traduzir num agravamento da tributação. O agravamento não seriam os 80%, mas parece circunscreve-se à diferença entre a taxa efectiva de imposto de um contribuinte e os 20% da dedução à colecta... but I might be wrong.

    **
    Mad said...
    Credo, homem, não digas isso! A sério que achas que isso pode pesar na decisão???
    Patrícia said...
    Sim. Não se percebe.
    Kitty Fane said...
    Olha n sabia disso. Que disparate. :-S

    Um beijinho e que essa seja a única coisa a indispor-te. :-)
    Ana A. said...
    E eu que sou filha de um caso semelhante, digo-te que acho uma profunda falta de igualdade de direitos paternais.
    wednesday said...
    Eu acho que o Governo deste país considera em tudo o que faz só um pressuposto: nós vivemos para pagar ao Estado. Seja o que for!
    as velas ardem ate ao fim said...
    Tu ainda ves noticias??'

    um bjo

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